De onde vejo

Quem me conhece pessoalmente, já sabe que estou morando agora em Boa Vista. Fui aprovada no concurso de professora adjunta da UFRR e passarei a ministrar as disciplinas da grade de Teoria e História da Arte, Arquitetura e Urbanismo. Missão difícil, mas que, com prazer messiânico vou assumir.
Como disse minha filha mais velha "você sempre quis ser professora". É isso. Tudo na minha vida me moldou para que eu estivesse no lugar onde eu estou agora.
Boa Vista é uma boa cidade, de concepção modernista, porém com história e cultura riquíssimas, trazendo contribuições endógenas e exógenas: aqui é uma Babel de contribuições culturais. Não raro encontramos sotaques espanholados, nordestinos, sulistas... Não dá pra definir bem qual o trejeito local da fala, mas há gentileza e respeito, típico dos que vem de fora para trabalhar, somar e aprender na terra alheia. Como eu sou uma estrangeira, até em minha terra natal, me senti a vontade aqui, como talvez nunca tenha me sentido.
Sim, não consigo ainda o distanciamento etnográfico necessário para me considerar isenta: houve um apaixonamento da minha parte por tudo que tem sido apresentado. Ainda me surpreendo com algumas coisas, e isso é bom, e quero cultivar esse olhar.
Quero dizer que vou postar coisas novas, paisagem e perspectiva diferentes, mas continuarei revisitando meus Marcos do Tempo, porém, agora, em novos tempos.

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