O primeiro!

Foto de Celma Chaves
Acabo de retornar de Manaus, onde fui participar de um evento. Tinha me prometido não participar de eventos, produzir artigos e fazer comunicações este ano nesse formato: é extremamente desgastante, em vários níveis. Mas como não participar desse tipo de discussão, da oportunidade ocorrendo aqui no pé da gente? E para que servem as promessas, senão para alimentarem nossa fé em mudanças? Pois é, mudei! E fui.
Queria conhecer ao vivo pessoas que já conhecia e respeitava por contatos virtuais, há tempos, como Patrícia Orfila (UFT) e José Alberto Tostes (UNIFAP), além do recém-inserido Marcos Cereto (UFAM) e renovar o contato com a Celma Chaves (UFPA).
Para isso me usei do artifício que mais gosto: levei trabalhos de alunos (uma orientanda e um grupo) sobre a temática. Helena Borges está com um trabalho interessantíssimo que propõe fazer uma Avaliação Pós-Ocupação (APO) de uma obra do Severiano Mário Porto, a Escola Estadual Gonçalves Dias, daqui de Boa Vista/RR. O grupo, composto por Almerízio, Aramuru, Caroline e Daniel, fizeram um artigo, apresentado na disciplina de Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo, trabalho de compilação e análise de quatro edificações datadas de 1970 a 2000, baseado em trabalhos anteriores da mesma disciplina, desenvolvido por outros grupos.
Portanto, embora tenha viajado sozinha, me senti cercada de tanta gente boa que esse astral só atraiu coisas boas também.
Hugo Segawa, José Carlos Bonetti (UFAM), Felipe Melo (UFRR) e um auditório cheio de conhecimento e massa crítica.
Outra grata surpresa: José Afonso Botura Portocarrero
E o que foi o I Seminário de Arquitetura Moderna da Amazônia/I SAMA, para mim:
Possibilidade de reencontros: de pessoas, de ideias, de sonhos, de vontades, desejos de fazer;
Realização: de um evento, com qualidade indubitável (sob a chancela de Hugo Segawa: quem não esteve não consegue conceber o que é ser arguido por seu olhar) de trabalhos e nível de conversas;
Perspectiva: expressa no envolvimento de todos, que apontava para o futuro, sempre, quer na presença efetiva dos discentes da UFAM, quer no olhar renovado dos docentes, e mesmo pelo espraiamento geográfico (quase todos os estados da Amazônia Legal, exceto Maranhão, Acre e Rondônia, estavam efetivamente lá) de um evento que nasceu para ser grande e que foi como o "less is more" de Mies van der Rohe!
Responderia Frank Lloyd Whight "apenas se o 'mais' é demais" portanto, o desejo de continuidade da discussão sobre a preservação e linguagem da Arquitetura Moderna Amazônica (ou simplesmente Arquitetura e Urbanismo) terá prosseguimento, em Palmas/TO, ano que vem, com a intenção declarada que em 2018 seja na Serra do Navio/AP.
Encerramento e lançamento da campanha em defesa do acervo arquitetônico de Severiano Mário Porto #SalveVilaBalbina



Obrigada Marcos Cereto por ousar fazer. Obrigada Perpétua Almeida Barbosa por me convocar a colaborar minimamente nisso. Obrigada a todos que realizaram, de forma objetiva ou subjetiva, o cenário que se construiu.

Esse evento alimentou almas, ao menos a minha!

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