É o fim


A terceirização das atividades-fim é o golpe de misericórdia nas universidades públicas brasileiras.
O papel da universidade se baseia em ensino, pesquisa e extensão. Fora isso é apenas um espaço de formação profissional, Em contratos de 180 dias não tem como um professor (atividade fim) desenvolver pesquisa e extensão, apenas ensino.
A realidade de universidades fora do eixo Rio-SP é bem diferente, sem doutores suficientes e mesmo sem professores em quantidade necessária para um bom andamento do ensino (que se diga da extensão ou pesquisa).
Sem concurso (estão fechados por, pelo menos 2 anos), qual será a única opção? Terceirizar professores que não possuem conhecimento local e que vão apenas para fazer seu mínimo. Por sua vez, com a redução das bolsas (CAPES, CNPq e outras), que instituição vai querer bancar um doutoramento para os efetivos, contratar substituto, se pode apenas terceirizar?
Já existem grandes instituições de ensino (como PUC e Anhembi-Morumbi) com estoque de Doutores, já antevendo esse movimento.
Sem esperança, mas sigo adiante. Meus mentores espirituais já tinham me avisado: não posso desistir.

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