Por onde andei

Nos últimos dias tenho feito várias viagens físicas. Fui a Belo Horizonte onde apresentei a comunicação "Iconografia do Rio Guamá" no Fórum Patrimônio da UFMG sobre Arquitetura e Documentação. Fui à Sabará com a minha hospedeira Iaci, pela primeira vez conversei com a Celma, reencontrei Cristóvão e Claudia. Só por isso já teria sido excelente a viagem: Minas e suas ladeiras e igrejas, seu sotaque e cheiro de torresmo são parte indelével de mim.
Rever a família no Rio de Janeiro foi algo precioso. Assim como poder ter nas mãos o "Mappa do Rio Guamá" original de Gronsfeld, visitar o Museu da Marinha e Museu Histórico Nacional. Algumas coisas me fizeram chorar nestes dias, mas foram necessárias: não podemos ficar imunes às lembranças. Mas tendo meus amigos por perto, eu acho que não fica tão mal, como diria Marina Lima! Por isso Fábio, Ruth e Thays são fundamentais nas minhas vindas ao Rio de Janeiro: são partes autônomas de mim, que preciso ver de vez em quando pra saber se estão bem, para que eu também fique bem.
Os dias ainda estão andando. Tive a chance de rever Arno Vogel no evento sobre o cinquentenário do livro de Jane Jacobs, reencontrar a professora Lais tanto no LeMetro quanto no Prourb e na UFF (quase uma perseguição!), conheci outras pessoas muito simpáticas: pesquisadores, artistas, gente, enfim!
Agora estou começando a reduzir o ritmo profissional: fui à praia em Ipanema, vou ao teatro à noite, encontrar amigos e (acreditem) está prevista a minha ida a um pagode. Claro que ainda vou ter que fazer coisas: alguns textos da graduação e uma palestra na UFPA me esperam chegar em Belém. Mas eu preciso chegar sem bagagem, sem cargas, satisfeita com o que plantei, colhi ou simplesmente caiu na minha mão nos últimos dias. Por mais que tudo esteja perfeito, o meu paraíso se estabelece em casa, com minha família e por eles que sigo andando em frente.

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