Mais que restaurar
Hoje teve início um dos maiores processos de restauração cultural que, quero crer, a cidade de Belém, ou mesmo o Estado do Pará, já teve. Foi lançado o projeto de restauração do Palacete Faciola, na esquina da Avenida Nazaré com a travessa Doutor Moraes, para a instalação do renascido IDESP - Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará.
Muito mais que a restauração física do conjunto de três casarões no primeiro quarteirão da Avenida Nazaré - datados do século XIX - se constituindo em intervenção de visibilidade e impacto em uma área da cidade que vem sofrendo com a pressão econômica e o descaso, muito além da recuperação física da antiga casa da família Faciola que há mais de uma década corre o risco de cair sobre os passantes, a intervenção recuperará toda a ambiência e diálogo com o entorno. E ainda mais que isso: com a instalação do IDESP, ressuscitado na atual gestão estadual, não será uma restauração que se finda na obra, mas que trará desdobramentos socioculturais incontáveis!
Só quem sabe a importância do que, um dia, foi o IDESP, sabe do que estou falando... e sob a batuta de, nada mais, nada menos, que Peter Mann de Toledo, não há como não no sucesso desse empreendimento.
O lançamento do projeto foi algo, ao mesmo tempo, simples e grandioso. Não houve coquetel, por exemplo. Mas ali estavam formadores de opinião, num ambiente de transição entre ruína e reconstrução. A cerimônia foi feita no porão de uma das casas do conjunto. Havia um sentimento de franqueza, de comoção ante a precariedade do cenário: janelas quebradas, forros faltantes, estruturas aparentes...
Um processo semelhante de degradação e arruinamento ocorreu com o antigo IDESP, até que a vontade administrativa e política o extinguiu em 1999.
Mas em ambos os casos, o valor intrínseco desses bens culturais contaram com a sensibilidade e a valorização devidas, e deram o sopro necessário ao renascimento destes no cenário paraense.
Mais que uma obra, um complexo de ações, que passa pela apropriação do espaço do canteiro por ações de educação patrimonial e expressões artísticas, darão o tom desta intervenção. Depois de pronta, a nova sede também novo IDESP terá biblioteca, café e sala de exposições. A produção científica terá canais de difusão e há a previsão de um corpo de dezenas de pesquisadores, debruçados sobre as questões amazônicas, criando um acervo de informações, resgatando o papel que o antigo IDESP tinha. A restauração física, no caso, é ação meio, e se torna secundária ante a importância do todo.
Muito mais que a restauração física do conjunto de três casarões no primeiro quarteirão da Avenida Nazaré - datados do século XIX - se constituindo em intervenção de visibilidade e impacto em uma área da cidade que vem sofrendo com a pressão econômica e o descaso, muito além da recuperação física da antiga casa da família Faciola que há mais de uma década corre o risco de cair sobre os passantes, a intervenção recuperará toda a ambiência e diálogo com o entorno. E ainda mais que isso: com a instalação do IDESP, ressuscitado na atual gestão estadual, não será uma restauração que se finda na obra, mas que trará desdobramentos socioculturais incontáveis!
Só quem sabe a importância do que, um dia, foi o IDESP, sabe do que estou falando... e sob a batuta de, nada mais, nada menos, que Peter Mann de Toledo, não há como não no sucesso desse empreendimento.
O lançamento do projeto foi algo, ao mesmo tempo, simples e grandioso. Não houve coquetel, por exemplo. Mas ali estavam formadores de opinião, num ambiente de transição entre ruína e reconstrução. A cerimônia foi feita no porão de uma das casas do conjunto. Havia um sentimento de franqueza, de comoção ante a precariedade do cenário: janelas quebradas, forros faltantes, estruturas aparentes...
Um processo semelhante de degradação e arruinamento ocorreu com o antigo IDESP, até que a vontade administrativa e política o extinguiu em 1999.
Mas em ambos os casos, o valor intrínseco desses bens culturais contaram com a sensibilidade e a valorização devidas, e deram o sopro necessário ao renascimento destes no cenário paraense.
Mais que uma obra, um complexo de ações, que passa pela apropriação do espaço do canteiro por ações de educação patrimonial e expressões artísticas, darão o tom desta intervenção. Depois de pronta, a nova sede também novo IDESP terá biblioteca, café e sala de exposições. A produção científica terá canais de difusão e há a previsão de um corpo de dezenas de pesquisadores, debruçados sobre as questões amazônicas, criando um acervo de informações, resgatando o papel que o antigo IDESP tinha. A restauração física, no caso, é ação meio, e se torna secundária ante a importância do todo.
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