Mosqueiro
É uma tristeza ver o estado de degradação do patrimônio arquitetônico da Ilha do Mosqueiro! Chalés que tradicionalmente se mantinham em bom estado de conservação estão, literalmente, caindo aos pedaços.
Há muito tempo estou devendo, e continuarei devendo, um texto sobre o que mantém um patrimônio arquitetônico em pé. Definitivamente não é uma política pública, mas a efetiva vida do bem. A alma nas coisas.
Eu vi a paixão dos antigos moradores desses chalés. O mais belo deles, em sua riqueza de detalhes, o Briconly, vi renascendo com o casal que lá morava. Eles em sua maturidade sabiam muito bem o que queriam, e o significado da palavra amor. Como diria Gibran em 'O Profeta':
"E o que é trabalhar com amor?
É tecer o tecido com fios desfiados do nosso próprio coração, como se nosso bem-amado fosse usar esse tecido.
É construir uma casa com afeição, como se nosso bem-amado fosse habitar essa casa.
É semear as sementes com ternura e recolher a colheita com alegria, como se nosso bem-amado fosse comer os frutos.
É por em todas as coisas que fazemos um sopro da nossa alma...
Quando trabalhamos com amor, somos como uma flauta através da qual o murmúrio das horas se transforma em suave melodia, espalhando notas de alegria no ar, contagiando tudo o que nos rodeiam."
O nome esquisito do chalé é a conjunção de sílabas dos nomes dos filhos (que há anos quiseram um parecer favorável à demolição e abandonaram o chalé).
O Chalé Guanabara é também um ícone da arquitetura expressa nos chalés mosqueirenses. Acompanhei a tristeza de seu antigo dono, que não queria vendê-lo a quem não tivesse o mesmo carinho e dedicação: fato difícil.
O chalé foi vendido, e pouco tempo depois recebemos a notícia do falecimento do Dr. Mário Rubem Martins. Ele tinha escrito e não publicado a história deste chalé, que se confunde com a história da economia da borracha e da ocupação do Mosqueiro. Talvez o corpo tenha se desfeito da alma antes da partida final.
Mais a degradação da Ilha do Mosqueiro é algo assustador! Por isso, esse mês, a postagem do movimento "Este Patrimônio é Meu" vai para a nossa outrora chamada Bucólica!
Há muito tempo estou devendo, e continuarei devendo, um texto sobre o que mantém um patrimônio arquitetônico em pé. Definitivamente não é uma política pública, mas a efetiva vida do bem. A alma nas coisas.
Eu vi a paixão dos antigos moradores desses chalés. O mais belo deles, em sua riqueza de detalhes, o Briconly, vi renascendo com o casal que lá morava. Eles em sua maturidade sabiam muito bem o que queriam, e o significado da palavra amor. Como diria Gibran em 'O Profeta':
"E o que é trabalhar com amor?
É tecer o tecido com fios desfiados do nosso próprio coração, como se nosso bem-amado fosse usar esse tecido.
É construir uma casa com afeição, como se nosso bem-amado fosse habitar essa casa.
É semear as sementes com ternura e recolher a colheita com alegria, como se nosso bem-amado fosse comer os frutos.
É por em todas as coisas que fazemos um sopro da nossa alma...
Quando trabalhamos com amor, somos como uma flauta através da qual o murmúrio das horas se transforma em suave melodia, espalhando notas de alegria no ar, contagiando tudo o que nos rodeiam."
O nome esquisito do chalé é a conjunção de sílabas dos nomes dos filhos (que há anos quiseram um parecer favorável à demolição e abandonaram o chalé).
O Chalé Guanabara é também um ícone da arquitetura expressa nos chalés mosqueirenses. Acompanhei a tristeza de seu antigo dono, que não queria vendê-lo a quem não tivesse o mesmo carinho e dedicação: fato difícil.
O chalé foi vendido, e pouco tempo depois recebemos a notícia do falecimento do Dr. Mário Rubem Martins. Ele tinha escrito e não publicado a história deste chalé, que se confunde com a história da economia da borracha e da ocupação do Mosqueiro. Talvez o corpo tenha se desfeito da alma antes da partida final.
Mais a degradação da Ilha do Mosqueiro é algo assustador! Por isso, esse mês, a postagem do movimento "Este Patrimônio é Meu" vai para a nossa outrora chamada Bucólica!
Comentários
É muito deprimente saber que nossa história está se perdendo por falta de interesse à preservação desses chalés.
;*