Restaurarei um castelo com as pedras que atirastes!
Quando uma pessoa é capaz de construir discursos enfáticos, cheios de retórica, vendo meandros e teorias conspiratórias, acaba por não ver o básico: que um gesto é um gesto.
Num blog local, que foi objeto de estudo do recém-formado jornalista Pedrox, vejo como foi visto um movimento que é muito mais que "um factóide destinado a fazer render dividendos políticos ao secretário estadual de Cultura"!! Que tristeza!! Que falta de sensibilidade!!
Vejo citar os comentários do Edyr que só agora leio. Quem me conhece pessoalmente sabe a história do Movimento Vida ao Teatro São Cristóvão (que não é o "Este Patrimônio é Meu"), e como as conjunções foram surgindo tranformando esse naquele.
A campanha Esse patrimônio é meu, surgiu num momento de profunda e viceral insatisfação, que gerou essa postagem. A partir daí, várias cabeças, também insatisfeitas, se uniram quase sem querer e montaram o Movimento Vida ao Teatro São Cristóvão, que pode ser acompanhado por aqui em seus vários momentos. As referências vinham, se somavam e se constituíam em postagens. Muitas reuniões foram marcadas no Cuíra, muita coisa foi feita no sentido de esclarecimento, inclusive um evento na Escola de Teatro e Dança da UFPA, onde tive o prazer de dividir a mesa com Iracema Oliveira, João de Jesus Paes Loureiro e Olinda Charone. Mas todos cobravam do Movimento a grande resposta - a desapropriação, a restauração, a reativação do Teatro São Cristóvão. Sempre expliquei que minha preocupação vai muito além desse edifício! Mas não era isso que queriam ouvir...
Quando, por fim, todas as respostas tinham que ser dadas ou por mim ou por Ester Sá, cansamos! Se a proposta não é de um coletivo, não se caracteriza como patrimônio cultural e a mim não interessa. Essa foi o meu posicionamento na minha última postagem sobre o assunto. A Ester pensa o mesmo, eu sei.
Doamos nosso tempo e esforço pelo que acreditamos e, em nenhum momento, houve a intenção política no sentido reduzido do termo (que é a visão dominante nessa terra que não me pertence). Já não sou adolescente para me deixar manipular e nunca me vendi por nada. Não tenho muito além da minha crença (porque até o corpo é mais frágil que as ideologias) e não tenho medo de palavras, desde que sejam sensatas e equilibradas.
O resto, isso sim, é factóide!
[Eu, por um acaso, tive acesso às postagens desse outro blog apenas hoje. Na época destas a que me refiro, eu estava com uns poucos, muito ocupada, fazendo a história para servir de crítica. Lamento que um meio tão referenciado na blogosfera paraense seja tão superficial na análise dos fatos.]
Num blog local, que foi objeto de estudo do recém-formado jornalista Pedrox, vejo como foi visto um movimento que é muito mais que "um factóide destinado a fazer render dividendos políticos ao secretário estadual de Cultura"!! Que tristeza!! Que falta de sensibilidade!!
Vejo citar os comentários do Edyr que só agora leio. Quem me conhece pessoalmente sabe a história do Movimento Vida ao Teatro São Cristóvão (que não é o "Este Patrimônio é Meu"), e como as conjunções foram surgindo tranformando esse naquele.
A campanha Esse patrimônio é meu, surgiu num momento de profunda e viceral insatisfação, que gerou essa postagem. A partir daí, várias cabeças, também insatisfeitas, se uniram quase sem querer e montaram o Movimento Vida ao Teatro São Cristóvão, que pode ser acompanhado por aqui em seus vários momentos. As referências vinham, se somavam e se constituíam em postagens. Muitas reuniões foram marcadas no Cuíra, muita coisa foi feita no sentido de esclarecimento, inclusive um evento na Escola de Teatro e Dança da UFPA, onde tive o prazer de dividir a mesa com Iracema Oliveira, João de Jesus Paes Loureiro e Olinda Charone. Mas todos cobravam do Movimento a grande resposta - a desapropriação, a restauração, a reativação do Teatro São Cristóvão. Sempre expliquei que minha preocupação vai muito além desse edifício! Mas não era isso que queriam ouvir...
Quando, por fim, todas as respostas tinham que ser dadas ou por mim ou por Ester Sá, cansamos! Se a proposta não é de um coletivo, não se caracteriza como patrimônio cultural e a mim não interessa. Essa foi o meu posicionamento na minha última postagem sobre o assunto. A Ester pensa o mesmo, eu sei.
Doamos nosso tempo e esforço pelo que acreditamos e, em nenhum momento, houve a intenção política no sentido reduzido do termo (que é a visão dominante nessa terra que não me pertence). Já não sou adolescente para me deixar manipular e nunca me vendi por nada. Não tenho muito além da minha crença (porque até o corpo é mais frágil que as ideologias) e não tenho medo de palavras, desde que sejam sensatas e equilibradas.
O resto, isso sim, é factóide!
[Eu, por um acaso, tive acesso às postagens desse outro blog apenas hoje. Na época destas a que me refiro, eu estava com uns poucos, muito ocupada, fazendo a história para servir de crítica. Lamento que um meio tão referenciado na blogosfera paraense seja tão superficial na análise dos fatos.]
Comentários