Memorial e Cabanagem
Retirado do blog do Jeso Carneiro.
"Professor-doutor e jornalista, Manuel Dutra responde à provocação do leitor Onizes Araújo com outra foto do Memorial da Cabanagem, em Belém, e o seguinte texto abaixo:
Caro Onizes, você sabe e todos sabemos que um monumento, especialmente o Memorial da Cabanagem, é um sinal, um símbolo de algo, de alguém ou de um grupo social cuja memória rejeita a idéia de morrer. Os cabanos foram exterminados brutalmente, mas a essência daquela luta permanece, pois as suas causas estão tão vivas quanto naqueles anos de 1835-1840, causas que já vinham de muito antes e que permanecem muito tempo depois.
Creio que foi isso que inspirou o maior dos nossos poetas-arquitetos Oscar Niemeyer (todo arquiteto deveria ser um poeta, isto é, alguém com a sensibilidade para perceber que o ambiente onde se constroem sejam monumentos, templos, avenidas, praças, prédios ou casas, são e devem ser essencialmente ambientes humanos, lugares de calor fraterno e cidadão; infelizmente, nossas escolas de arquitetura parecem ter retirado de seus currículos esse dado essencial da relação espaço construído/convivência humana). Imagino que aqueles lances do Memorial que se alçam ao infinito estão lá para nos recordar que os ideais essencialmente humanos são eternos.
O Memorial é um convite insistente para que cada um de seus apreciadores não desista: não importa o momento presente, nós e aqueles que nos sucederem, construiremos, sim, uma sociedade onde todos e cada um possamos encontrar oportunidade de apresentarmo-nos como humanos, decentes, felizes. O Memorial nos informa que isso não só é possível, como inadiável!"
"Professor-doutor e jornalista, Manuel Dutra responde à provocação do leitor Onizes Araújo com outra foto do Memorial da Cabanagem, em Belém, e o seguinte texto abaixo:
Caro Onizes, você sabe e todos sabemos que um monumento, especialmente o Memorial da Cabanagem, é um sinal, um símbolo de algo, de alguém ou de um grupo social cuja memória rejeita a idéia de morrer. Os cabanos foram exterminados brutalmente, mas a essência daquela luta permanece, pois as suas causas estão tão vivas quanto naqueles anos de 1835-1840, causas que já vinham de muito antes e que permanecem muito tempo depois.
O Memorial é um convite insistente para que cada um de seus apreciadores não desista: não importa o momento presente, nós e aqueles que nos sucederem, construiremos, sim, uma sociedade onde todos e cada um possamos encontrar oportunidade de apresentarmo-nos como humanos, decentes, felizes. O Memorial nos informa que isso não só é possível, como inadiável!"
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