Marketing, oportunidade e sorte

Não, você não entrou no blog errado! continuo sendo eu mesma, a velha Claudia de espírito neo-hippie, pseudo-anarquista e chatinha, que só fala de patrimônio e cultura. Mas acho que, ou por ter "mais passado que futuro" como diria meu amigo-eventualmente-chefe Flavio, tenho acumulado algumas coisas. E é justamente baseada nas lições do passado que faço esta postagem.
Não aprendi em casa nada disto. Foram nas lições dos amigos e lendo livros que fui aprimorando a lógica. E quem disse que não aprendemos com a experiência alheia?
Esta postagem começou com um gato. Sim, um felino amarelo que está emprenhando minhas gatas, uma de cada vez. É um vira-lata (ou como diriam os veterinários, um pelo-curto brasileiro) típico, que anda pelos muros e cantando. Nenhum charme, mas canta que é uma beleza! Desta forma estou num processo quase que contínuo de produção de filhotinhos de gatos (quer um?)! Ele nem dá tempo da gata se recuperar para que eu possa fazer a laqueadura! A cantada dele é infalível! E embora tenham vários gatos na rua, só ele (não por ser mais forte ou mais saudável, mas acredito que pelo seu poder megafônico de chamar atenção) consegue conquistar minhas inocentes gatinhas...
Confirma a velha anedota do por que consumimos ovos e galinha e não de outra ave: a galinácea, embora ponha um ovo pequeno, faz um barulhão! A pata, por exemplo, tem um ovo maior, mas fica na dela...
Um grande amigo me falou uma vez, embora ele não se lembre de ter dito isto, que é importante trabalhar a favor da estatística. Ele escrevia (e continua escrevendo) e, ainda muito novo, ganhou prêmios com seus textos. Corujisse de amiga a parte, porque ele realmente é bom no que faz, me confessou que mandava para todos os concursos que apareciam e, desta forma, trabalhava a favor de um resultado positivo. Muito boa esta!
Um livro que me apaixonou pelo título foi "Projeto e Destino", do Giulio Carlo Argan. Claro que temos que construir oportunidades, mas a bênção a estes momentos é tão casual quanto receber um telefonema, do nada, de oferta de emprego em casa. Temos que facilitar as oportunidades, trabalhando e analisando o passo-a-passo. Sim, você pode dizer que esperar o telefonema em casa é mais confortável e menos desgastante. Concordo. Mas pra isso você tem que ser um daqueles abençoados pela Dona Sorte e isso, definitivamente, não é o meu forte nem da maioria das pessoas. Dificilmente você será um artista plástico e sentará ao lado do curador do MoMA de Nova Iorque num trem, embora isto já tenha acontecido...
Voltando à lógica das pessoas normais, o mesmo que contou o ocorrido da história do trem, estava falando que, para se ter sucesso como artista plástico é necessário ter talento, trabalho e sorte. Talento por si só, sem trabalho, não faz nada. Assim como trabalhar feito um boi-ladrão e não ter talento. Mas se você tem os dois primeiros, já é alguma coisa, com certeza. Se a sorte te abençoar com uma oportunidade, o seu talento e determinação vão fazer, inclusive, com que você não perca o momento, a onda perfeita.
A sorte pode ser uma Sorte ou uma sortezinha-de-nada. Saber identificar é tudo!
Desejo, projeto, plano, sonho não são sinônimos! Desejo muitas coisas, mas se não traçar as formas de viabilizá-las vão ficar guardadinhas! Projeto entendo mais, é o meu metié, necessita de conhecimento de contexto e traçar linhas. A partir dos projetos chegamos à realizações. Se os projetos são muito grandes, podemos fazer planos, com vários níveis de realizações e revisões de encaminhamentos. Sonho é o mais impalpável dos entes: é querer dar um beijo na boca do Chico Buarque de Hollanda ou do Paul McCartney da década de 1970!

E porque tudo isto?
Em determinados momentos da vida a gente para e compara, como nos ensina a prática de bons consumidores, a maneira correta de agir para reduzir a margem de erro. Não sei se é vício de semioticista, mas eu sou uma observadora. O problema é que, em determinadas análises também estamos na prateleira e corremos o risco de não sermos escolhidos como melhor opção porque o do lado lava mais branco ou é mais econômico. Além do risco de nossa embalagem não ser agradável ou mesmo ter sido furada por alguém... E como tem fura-olho de embalagem por aí!
Estou tentando mestrado em arquitetura na Universidade Federal do Pará e, embora tenha feito tudo como se deve, embora muita gente esteja na torcida a favor, tenho medo de decepcionar a todos nós. Afinal não sou tão boa em marketing nem, como já disse, minha sorte não é das melhores. Mas mais uma vez estou trabalhando a favor da estatística, buscando oportunidades, fazendo a minha parte.
Quero continuar acreditando na Teoria do Caos, desde que a borboleta mande bons ventos para mim!

Comentários

Maick Costa disse…
Fazer a nossa parte já é o primeiro passo para um bom marketing. Mantenha-se sempre em contato com as pessoas, compartilhando ideias, que também é um reforço no marketing. Sorte, eu só desejo a quem é competente, então: BOA SORTE!
Max Junior disse…
efeito borboleta, claudia. efeito borboleta hehehehe.
boa sorte menina. o pior já foi. as outras provas são fichinha pra ti. ;)

bjs

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