Há cem anos atrás...

Meu amigo historiador Renato Gimenes está no Marajó, representando a SECULT nas comemorações do centenário de Dalcídio Jurandir. Exatamente há cem anos, dia 10 de janeiro de 1909, nascia na cidade de Ponta de Pedras, aquele que seria o maior arauto da cultura e do modo de viver marajoara, um dos grandes nomes da literatura amazônica. Eu diria que Dalcídio Jurandir revelou o olhar sobre a cultura marajoara, levando-a a todo canto onde esteve, imprimindo-a de alguma forma na sua escrita.
O Marajó, que na verdade não é a maior ilha fluvial de estuário do mundo, mas também o nome de um arquipélago, possui uma diâmica imposta pelos ritmos das chuvas, da marés, das águas, enfim. Giovanni Gallo também descreveu o Marajó graficamente, físico-sentimentalmente e politicamente em seus três livros, respectivamente: Motivos ornamentais da cerâmica marajoara (reeditado em 1996), Marajó a ditadura da água (reeditado em 1997) e O homem que implodiu (1996).
A SECULT está analisando o processo de tombamento da casa de Dalcídio, em Cachoeira do Arari que, quando aprovado, será um diferencial nos tombamentos do estado: a casa não é um grande sobrado, uma arquitetura monumental, mas foi de lá que foram observadas as chuvas nos campos de Cachoeira. Deus fez o Marajó com vocação de grandeza.

Comentários

Anônimo disse…
Ô! Parabéns ao Renato.

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