Diário Contemporâneo - a posição de Dirceu Maués

Ramid,
e a todos desta lista de emails.

Fui um dos artistas convidados para participar do projeto Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. Fiquei muito feliz pelo convite e mais feliz ainda quando tomei conhecimento do projeto como um todo. Um projeto que contempla a fotografia por excelência sim, e de uma maneira abrangente, justamente por ter sido concebido e coordenado por pessoas que tem uma longa e respeitada trajetória profissional dentro da fotografia paraense, que, não menos que outros profissionais, estão onde estão porque venceram com o resultado profissional de seus trabalhos. São pessoas que fazem. Levam seus projetos a frente. Não desistem. É o segredo de "Tostines". Minha mãe sempre me ensinou: quem quer faz! Talvez por isso algumas pessoas tomem a frente do processo, mas ele sempre foi, é e será aberto. O que acho realmente lamentável é a tentativa de desacreditar um projeto como esse, pois, como ele, são poucos no Brasil. Um projeto que dá apoio a todos participantes para finalização e transporte de sua obra e mais: além de uma boa premiação oferece oficinas e palestras para o público. Desculpa Ramid, mas isso é muito melhor que um simples concurso de fotografias. Respeito e admiro muito teu trabalho, assim como respeito e admiro o trabalho do Mariano. Mas o campo da fotografia, há muito tempo, e bote tempo nisso, se expandiu. E não dá pra pensar e contemplar apenas a fotografia documental. Por isso o projeto Diário contemporâneo de fotografia é importante e muito mais abrangente, pois se vc visitar a exposição se dará conta disso: verá que a fotografia documental está lá entre tantas outras manifestações dentro do campo da fotografia.
Acho um erro que alguns artistas se prendam apenas ao universo de Belém na hora de mostrar seus trabalhos. Existe todo um universo de concursos, editais, bolsas, prêmios e salões lá fora. Não só no Brasil, mas em outros países. É só se organizar e inscrever.
Ano passado havia uma bolsa da Funarte de incentivo a projetos de criação artística em diversas categorias: artes visuais, fotografia, dança, etc. Eram duas bolsas de 30 mil p/seis meses em cada categoria por região. Na região Norte a concorrência para fotografia foi 8 inscrições para 2 vagas.
Ganhei alguns prêmios e bolsas em minha trajetória, mas as recusas de trabalhos foi muito maior, faz parte do jogo. A decisão passa por um juri e o juri tem suas preferências estéticas, seu gosto pessoal.Normal.
O importante é que "Existem 1001 maneiras de preparar Neston." Mas a melhor maneira, com certeza, não é tentando desqualificar o trabalho dos outros.
Se houve falhas, sim, regulamento sempre dá problema e é sempre discutível. Mas espero, sinceramente, que esse projeto continue e se aprimore mantendo essa pluralidade da primeira edição.

Dirceu Maués.

http://www.youtube.com/user/dmaues
http://atelieresidencia.wordpress.com/

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