Cadê nossos representantes?

Não temos representantes, temos eternos candidatos! E estes acabam por levar, quase sempre, vantagem em relação aos demais.
Mas às vezes identificamos alguém que nos representa: profissionalmente, administrativamente, e até politicamente. Seres humanos com os quais nos sentimos alcançando dimensões além de nosso alcance. Como avatares de nós mesmos.
Não precisam ser clones idênticos, até porque crescemos mais na discussão dialética dos passos que nos levam adiante.
Rose Norat é uma pessoa assim para mim. Ela me representa. A recente conquista dela como professora da UFPA me causou alegria profunda e verdadeira, porque sei do que ela é capaz, e sei que ela é capaz! Lamentei não tê-la mais no convívio quase diário na Diretoria de Patrimônio da SECULT, mas, por outro lado, sabia que ela seria minha representante, no sentido amplo do termo, no Departamento de Arquitetura da UFPA. E precisamos também estar lá, né!
Não compomos nenhum grupo político, ideológico, místico ou mesmo musical: é pura afinidade. Tamanha afinidade que já me fez chorar nas vezes em que ela não soube entender algumas coisas, tão claras em mim, acreditando em outras falas. É assim, tem momentos em que nem nós mesmos nos entendemos, tamanha confusão...
Recentemente ela foi a mais votada, na indicação da lista tríplice para o Conselho de Cultura, no segmento Arquitetura. Num ato até agora incompreensível, outro foi escolhido como titular e ela, suplente.
Esta discussão está sendo travada em trocas de e-mails. Vou postar as falas aqui. Mas a minha pergunta inicial se repete: onde estão nossos representantes? Como confiar na democracia de um país onde o mais votado é preterido? Eu quero a Roseane Norat como minha representante, porque de fato ela me representa. Embora não tenha votado nela, pois estava participando de outra plenária, a setorial de patrimônio material, a mulher, o amazônida, o Pará em especial, a competência estão expressos nessa moça!
Lá vou eu fazer barulho de novo...

Comentários

ROSE disse…
Ei Cláudia
Não adianta, a gente tá sempre por perto...Como não te agradecer pelas manifestações e pela possibilidade de divulgação no blog?
Existe uma cumplicidade entre nós, que na verdade passa no fato de que sabemos e queremos ser sinceras.
Fiquei pensando na tua fala, quando foi que eu ouvi outros e acreditei? Epa, amiga, aí vou fazer um aparte (faz parte de mim, o dedo levantado para um aparte né?). Se for o que eu estou pensando, naquela manhã no parque (só lembrei disso, teria mais???), eu te direi: ouvi, sim; não segui a recomendação; e o principal, te chamei para limparmos os pratos. Não só limpamos, como ajustamos todos os pontos, lembra? Isso para mim, não é problema, é absolutamente normal. Anormal é guardar prato sujo no armário. Está provado, não dá certo! Puxa, que trocadilho que lembra uma cozinha. Mas a cozinha, para mim é um lugar também ótimo, tem fogo, tem água, e um espaço para sentar e fazer as refeições em família, entre amigos, rsrrsrs.
Amiga, quanto à burka social, você tem o mérito de chamar a atenção para a questão regional, que só soma à questão de gênero que a Bárbara levantou. Só as redes tecidas nesses últimos dias, a discussão está valendo. E está ótima, do jeito que a gente gosta.
Bjs
Rose Norat
Claudia disse…
Eu vi o teu dedinho levantado e você se mexendo na cadeira!! rsrs
Adoro uma cozinha também, Rose!
E quantas vezes a gente não ficou nas cozinhas, nas áreas de serviço da vida profissional, fazendo o banquete alheio, né! Mas o prazer é saber que todos acabam engolindo o que nós preparamos... rsrs
Sim, aquela manhã! Mas naquela manhã acredito que muita coisa mudou em mim, na minha vida e na nossa relação de amizade que, ao meu ver, começou a valer a partir daquele imbróglio. Antes não nos conhecíamos, na verdade.
Sempre defenderemos as cozinhas, né. No sentido real ou metafórico que que possa assumir. Sabemos a importância delas...

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