A cidade como um jogo de cartas

"O exercício da produção de espaços urbanos, prolongado por quase cem anos, já está a exigir paradas críticas, reconsiderações teóricas. Atividade infelizmente rara e difícil para quem, como nós arquitetos, esteve tão ocupado realizando, que não pôde se dar ao luxo de pensar muito. Pior ainda: para quem conseguiu separar, de modo tão perverso frente às propostas mais conseqüentes da arquitetura e do urbanismo, o ato de pensar de suas conseqüências.
Corremos o risco de ter gente filosofando inutilmente de um lado, enquanto, do outro, tudo acontece de qualquer maneira.
(...)
Aos arquitetos do Brasil não resta alternativa senão reencontrar suas lapiseiras e voltar a propor seus desenhos. Se isso não é suficiente para sair ganhando tudo de cara, paciência. Também temos que rever nossas maneiras de jogar."

Carlos Nelson Ferreira dos Santos

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